a carcaça que me leva dias à frente dói como aquele desespero que nos toma de uma só vez - este monstro de fuligens que nossas narinas e boca cobre com as mãos...
estas letras rastejam com a carcaça, como se ela arrastasse consigo grilhões de uma condenação - num cortejo barulhento, aos gritos do ferro ao chão...
a carcaça às vezes oprime seu conteúdo, faz valer-se mais que o ser que lhe fundamenta, que lhe dá sentido - como se fosse oca, move-se, galopando desordenadamente nos movimentos repetitivos do acaso...
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