domingo, 1 de agosto de 2010

sob a chuva


tu, que nos verões bate a minha porta
faz meus tempos, meus verdes momentos
fruta esperada...
na concavidade de olhos trêmulos
criam-se palavras...
nímios sons, bocas famintas, píncaros só teus...

tu, amadureces a luz flamejante
que faz meu corpo querer ser dança
é só movimento a desfazer espaços...
estalar qualquer coisa nova
em hipertelia
dentro de mim...

tu, descobres os silêncios internos
diz, com o corpo, quem deixas escapar
ao meu gosto, te provo
na língua, dissolves formas...
no mundo, estranhamento...

tu, vento cortante!
um corpo sobre a terra,
- outro corpo, se dobra 
e lê murmúrios
de mais querer, 
faz, então, chover:
busca amparo na tempestade!
busca sentido no meu silêncio!
(...) é vida novamente...

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