terça-feira, 30 de novembro de 2010

já fui o caos, hoje só barulho...

(de dentro do casulo, reino sobre as minhas coisas...)


me estabaleço longe da luz
pois meus contrapontos, já os sei...
e o que queima minha retina
faz o mundo ser o que é
move em lentidão o tédio
tortura-me com gosto
até nada mais de mim restar

os versos que aqui pulsam
crescem com o hálito quente
na língua da víbora
repudiações lacerantes
frente aos meus estratos desconhecidos
meus pequenos gemidos

olho-me de dentro:
estalactites... permanência
E há sempre revolução em mim...


lá fora, jazem as flores,
amassadas pela chuva
na passagem do que não me serve...

 ______
*sem referência da imagem

4 comentários:

  1. Os versos são almas de revoluções interiores que se dedicam a espremer as sensações da interioridade humana.
    Jorge Manuel Brasil Mesquita
    Lisboa, 30/11/2010

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  2. Jorge,

    são insights como este que expandem nossa percepção... obrigada!

    bjs

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  3. O título deteve-me
    O poema envolveu-me

    A tua poesia é sempre pulsante e impressiva.

    Sempre gosto quando te leio.

    Deste, gostei muito.

    Bjo.

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  4. Obrigada! É sempre bom ter seu olhar por aqui! Espero continuar a impressioná-lo de alguma forma, sempre!

    Obrigada mais uma vez!

    bjo

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