segunda-feira, 19 de abril de 2010

Semi-diálogo

a F.M.S.R.

Ao serenar os olhos em dor
A boca sujeita os pés a seguir
Em torno de si
Um pedaço do mundo
O caminho mais breve
A fenda mais funda
Porque o que vês
Refletido és tu
Nas coisas que trago
A te mostrar, sem te ser
Sem te querer
Mas me faço presente...
Uma demência, talvez...
Uma inocência traçada
Em versos esdrúxulos
Os teus, os meus
No mesmo luar
Um semi-diálogo
Sem sentido completo
Criação disforme, fecunda!
Abra os olhos
E deixe este algo nascer!
Numa trilha de sementes atlânticas
brotando coisas estranhas
num espaço tangível
pela solitude alheia...
onde passo os dedos nos teus esboços,
mas não me alimento dos teus originais,
pois estes encenam o que tu és
nesta tarde quente
e prefiro te observar com a alma...
proximamente distante!

5 comentários:

  1. Magnífico! Digno de ser bisbilhotado!
    Bjks e boa semana!

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  2. o que você conta sempre me deixa em outro plano fico até meio sem rumo as vezes também. Daisy adoro lê seus fragmentos,
    as vezes fico acanhado de comentar, mas é por esta entontecido as vezes, aqui é intenso!

    bjo amiga!

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  3. A distância infinita dos Seres é tão próxima quanto a Alma toca o mesmo pergaminho. Assim são os espaços invisiveis da visibilidade

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  4. Saulo,

    relaxe! apenas curta o que puder curtir! ;-)
    Obrigada pela visita e carinho constante!
    ____________

    DarkViolet,

    a palavra costura mundos diversos!
    bjocas

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