terça-feira, 2 de março de 2010

Aquilo que transcendo, supero...


(a quem interessar possa...)

Nestas falsas incursões
Nefasta hora de se fazer quem é
Do pulso incandescente que nos faz vivos
Compartilhado e não compreendido
Mata-nos um pouco a expressão própria

Verme, infeliz, decadente, comum
Se esconde nesta armadura que pouco reluz
E não és mais que palavras vazias
Procurando sentido na carne alheia
Mas suas palavras, baby, já nasceram condenadas...

Transcendo minha carne em razão
Sendo mais que esta vã imagem
E num voto de confiança vencido
Viro fera e te delato
E me livro do que representas

Meu inferno está na incompreensão,
No excesso do nada que te faz ordinário
Minha carga te reduz, se assim eu quiser
Sem que jamais se levantes (aqui)
Perante aquilo que desconheces...

**Este poema foi escrito em resposta ao Desafio Poético do fórum WAF.

2 comentários:

  1. Uma forma elegante de matar.
    Quiça, um deja-vu da própria consciência.






    P.S.: as mãos não são as minhas.

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  2. pelo menos, morrer é transformar-se e algo... é transmutação... é transceder algo em favor de algo...

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