sexta-feira, 9 de outubro de 2009

o peso das coisas...



todo o corpo chora
toques de violoncelo
o sopro último
de dias sem fim

todo o corpo chora
nuvens de chumbo
sobre olhos vermelhos
o ombro carrega

todo o corpo chora
só há a espera
a massa lenta
das visões contemporâneas

irremediável é o retorno, pois nunca houve como voltar
a flecha lançada não vem do lamento
mas o corpo chora, pois nunca lamentou...
é inconcisa a mediocridade, tempo perdido...

2 comentários:

  1. Profunda demais esa poesia amiga, nos leva a imaginar, a refletir bastante.Parabéns.Arnoldo Pimentel

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  2. Oh, Arnoldo!!! Valeu seu comentário! Espero que tenha valido a leitura também!!!

    Profunda
    Sóbria
    Dolorosa... não "entregue", mas com uma dor presente... quase física... era para ser isso aí!!!

    Obrigada por comentar! ;-)

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