(para quem - lá longe - olha pela janela e mesmo assim se encanta com coisas demasiado humanas...)
na passagem do premeditado
a espera torpe do tempo
um quase-algo.
em slow motion
seguem os olhos
paisagem irremediável
mudança fértil,
natureza humana...
espera.
as pequenas coisas selvagens
ficam num canto, caladas
hoje, é fitar as folhas cadentes
e viver os pés leves, pensamentos
sentir a vida além...
incendiar as palavras
com saborosa cautela...
[um tempo de pausa, principio de todo o movimento, sopro que se torna vento, na palavra mais interior]
ResponderExcluirum imenso abraço, Daisy
Leonardo B.
As palavras são sempre incendiadas pela alma e a tua escrita incendeia o momento... os pensamentos surgem...
ResponderExcluirSaudades*
Leonardo B. - a busca é constante por essa palavras interior...
ResponderExcluirsuper beijo
Jorge - que seriam das palavras sem os efêmeros momentos que são captados pela alma, não é?!
*saudade também
Se em todos os momentos houver arrepios, eles próprios ganham metamorfose, por isso se vai mais além
ResponderExcluirTodas as vezes q passo por aqui, acabo me perdendo nos conteudos. Todos de bom gosto. E com alma!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho!!
treva e seda
ResponderExcluirentre esfinges : o olhar se alvoroça
convulsivo -
não veremos jamais
elaborar as tardes
à golpes de relâmpagos
corpo e carne -
mas o corpo é frágil
e em cortejo
a carne se entrega
à marcha da cadência em rios
de pura lira d'água:
tramamos
as mãos coroadas de cristais !
semicerrados o horror os consumia
casulos entre treva e seda
cílios de ouro ou quase espinhos
- delírios das pálpebras já dissolvidas -