as horas correm
no corpo largado
em minha cama
olhos que me olham
no resto que sobrou
quem sabe, o que realmente sou...
romperam-se já as cordas
que te prende ao meu consumo
Vá nesta hora que te embala!
sem tentar decifrar o que há ainda
carne além
- além do fruto ácido,
superficialidade que já te dei -
à parede infinita
que serpenteia meus limites...
das minhas cabais evidências...
e grite ao mundo, se quiseres,
que coleciono corpos des-cobertos
em função de sofrimentos renegados
guardados só em mim,
pois hoje sou soturna
nesta sombra corrente
quando há mais céu que lua...
Os corpos que se vêem podem não trazer os sorrisos que se sentem mas ajudam a nos aliviar do fardo da solidão...
ResponderExcluirGostei do texto:)*
beijos***
Sim... porque mesmo os corpos que não ultrapassam as muralhas que somos (pq não deixamos) ainda sim são experiências a serem vividas...
ResponderExcluirObrigada, lindo!
bjs
[palavras há que sabem a fogo em água gelada, como se fossem as origens da palavra, e da palavra a poesia]
ResponderExcluirum imenso abraço,
em poesia, Daisy
Leonardo B.
a palavra está nisso: no ponto de confluência de coisas opostas, está naquilo que sobressai do resto... no relevo disso avistamos algo poético... a ponta de um iceberg...
ResponderExcluirobrigada, Leonardo, pela visita e comentário!
grande beijo,
Depois que enventaram o relogio o homem perdeu a liberdade, tem hora de acoradar,se alimentar, trabalhar,hora para quase tudo ,
ResponderExcluirA tristeza não respeita a hora ,mas a alegria também não ,não devem nada a nimguém .Que horas é agora?
a hora ainda é um simples adorno diante das possibilidades ou daquilo que não pode ser quantificado em tempo... ainda assim a hora quer nos engolir, roubar de nós o momento...
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